O sapo,
cheio de papo,
reclama do mundo
se diz o vira-lata
dos que vivem no pântano.
Canta sua música
(tão feia, tadinha)
e ninguém se dá com o sapo
de meio-dia a meio-dia.
E é por isso que o sapo canta,
solitário,
sua melodia.
Poeta é todo canário
que nasce pra sapo.
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