Se eu reparasse
o Grande Amor
passando na rua,
giraria a cabeça,
olharia sua bunda.
E, assim,
não quero dizer
que o Grande Amor
não seja você.
Era tudo
mentira:
dita, ouvida.
Disso nasceu
a verdade,
mas eu sou cínico
e você duvida.
É nas folhas
do meu caderno
que sou mais
terno,
nos seus
olhos
me encerro:
meu caderno,
seu sorriso,
um inferno.
A folha é
minha
bolha,
minha
escolha.
E tanto faz se olha,
se não me olha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário